Inscrições Abertas em caráter de lista de interesse.

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Inscrições abertas (clique na imagem) em caráter de lista de interesse. Previsão de início: abril de 2014.

Fiar uma escrita: a arte manual do escrever em uma oficina de fiação artesanal.

FACULDADE DE EDUCAÇÃO




PROJETO DE EXTENSÃO



1. Identificação

Fiar uma escrita: a arte manual do escrever em uma oficina de fiação artesanal.

2. Projeto de extensão

Educação

3. Coordenador

Profa. Dra. Sônia Maria Clareto
Unidade: Educação
Departaçamento/Órgão: PPGE/FACED


4. Equipe

Profa. Dra. Margareth A. Sacramento Rotondo (PPGE/FACED) – vice coordenação
Ana Lygia Vieira Schil da Veiga (doutoranda) – pesquisadora ministrante
Aline Aparecida da Silva (bolsista Iniciação Científica) – pesquisadora auxiliar
Tamiris Taroco Marocco (bolsista Iniciação Científica) – pesquisadora auxiliar

5. Duração

Início: 7 de maio de 2013
Fim: 9 de julho de 2013
Duração: 30 horas/aula

6. Descrição

A oficina se propõe trabalhar com as técnicas artífices da fiação manual, agenciadas a exercícios de escrita para a composição literária, acadêmica e/ou jornalística de textos. A metodologia empregada na oficina pretende acentuar o caráter vivencial da experiência da fiação e da escrita.

7. Público-alvo

Alunos das diferentes licenciaturas da UFJF e de outras instituições da cidade e região, professores de diferentes áreas do saber atuantes nos Ensinos Fundamental, Médio, Superior ou na Educação Infantil, pesquisadores das áreas de Educação, Artes, Comunicação, Letras, Filosofia.

8. Número de Vagas

12 participantes

9. Resumo

A oficina Fiar uma escrita: o escrever como arte manual em uma oficina de fiação artesanal trabalha com as técnicas artífices da fiação manual, agenciadas a exercícios de escrita para a composição literária, acadêmica e/ou jornalística de textos. A metodologia empregada na oficina pretende acentuar o caráter vivencial da experiência da fiação artesanal e da escrita inventiva. Os dez encontros previstos se darão entre 7 de maio e 9 de julho de 2013, sempre às terças-feiras das 16h às 19h, no estúdio interdisciplinar do NEC - Núcleo de Educação em Ciência, Matemática e Tecnologia da Faculdade de Educação da UFJF. Estão abertas 12 vagas para alunos das diferentes licenciaturas da UFJF e de outras instituições da cidade e região, professores de diferentes áreas do saber atuantes nos Ensinos Fundamental, Médio, Superior ou na Educação Infantil, pesquisadores das áreas de Educação, Artes, Comunicação, Letras, Filosofia.


10. Justificativa

            O projeto de extensão proposto, Fiar uma escrita: o escrever como arte manual em uma oficina de fiação artesanal, compõe a pesquisa de campo do projeto de doutoramento da aluna Ana Lygia Vieira Schil da Veiga (2011/2015), intitulado, provisoriamente, A ESCRITA-APRENDIZ E A APRENDIZAGEM DO CORPO: cartografias dos ditos e escritos em uma oficina de fiação manual. A proposta visa à construção de dispositivos, conceito pensado junto a Foucault (1979/2007), como um conjunto heterogêneo que pode englobar variados discursos e ações[1]. O dispositivo-oficina quer possibilitar a visualização das forças que se atravessam e configuram uma oficina de fiação manual quando agenciada a exercícios de escrita inventiva. A escrita, nesta perspectiva, é pensada como arte-manual, um fazer artesanal de corpo, operada em uma dinâmica oficineira artífice. Uma escrita que se apresenta aberta ao intempestivo, acentuando a expressividade do escrever.
            Durante os encontros, os participantes da oficina produzirão cadernos, chamados aqui de cadernos de artífice. Esses, a exemplo dos livros do artista, funcionam como um dispositivo dentro de um dispositivo, no qual se estabelece um conjunto multilinear de imbricadas relações. Os cadernos criam condições concretas para a prática da cartografia, através da materialidade do movimento-função de referência, entendido como modo de funcionar ou fazer funcionar uma ligação[2]. Nos cadernos, as linhas escritas indicam os modos de ver e de dizer, permitindo tornar visíveis os regimes de enunciação e de subjetivação. Sua escrita é atravessada por uma multiplicidade de vozes: anotações de técnicas e procedimentos de fiação e de escrita, observações sobre os processos vivenciados, fragmentos de falas circundantes, memórias, sensações, vontades, pensares.
            Junto à redação dos cadernos, acontecem exercícios de escrita que se pretendem facilitares na composição literária, acadêmica e/ou jornalística de textos. O entendimento da escrita como fazer manual se dá a partir da sua aproximação a um fazer ancestral que não se presta à representação. Assim como na escrita, diante das demandas do escrever,  na fiação, o aprendiz se vê diante da matéria-bruta. Seu trabalho se realiza diretamente entre o corpo e o material: fibras naturais, cardas e fusos. Porém, diferentemente de outros materiais que também colocam o corpo-aprendiz em contato com a matéria-bruta, a fiação não se presta à representação, à figuração. Na fiação, não há como modelar uma forma figurada ou fazer um desenho riscado, como se faz, por exemplo, com argila ou tinta. O que se apresenta em um fio é o movimento do corpo do aprendiz, sua habilidade, sua plasticidade em ação, nada mais. Poderia dizer que a fiação desnuda o artífice e torna visível, materialmente, o corpo-fazedor. A oficina abre a possibilidade de contaminar o fazer escritural com as qualidades plásticas da fiação, procedimento estético importante para a composição de uma escrita intensiva.
            Os dez encontros previstos se darão entre 7 de maio e 9 de julho de 2013, sempre às terças-feiras das 16h às 19h, no estúdio interdisciplinar do NEC - Núcleo de Educação em Ciência, Matemática e Tecnologia da Faculdade de Educação da UFJF.

11. Objetivo

a. Geral:
            Construção de um dispositivo para o campo de pesquisa de um projeto de doutoramento, que possibilite a cartografia das forças que se atravessam e configuram uma oficina vivencial[3] de fiação manual quando agenciada a exercícios de escrita inventiva.

b. Específicos:

- Vivenciar as técnicas artífices da fiação manual.
- Realizar exercícios de escrita que se pretendem facilitares na composição literária, acadêmica e/ou jornalística de textos.

12. Metodologia

            A metodologia empregada na atividade de fiação pretende acentuar o caráter vivencial da experiência, possibilitando o contato com a técnica da fiação em sua evolução linear no tempo. Em simultâneo, promove a abertura a outros tempos, o tempo da memória, o tempo da intensidade, o tempo eterno do instante, experiências acrônicas que se dão junto ao corpo-fazedor e seus processos de subjetivação. A prática metodológica da fiação visa contaminar os exercícios de escrita, permitindo ao participante fazer do escrever um modo de existir-corpo-fazedor.
           
13. Atividades previstas

            A oficina de fiação-escrita está prevista para acontecer em dez encontros de 3 horas de duração cada, entre 7 de maio e 9 de julho de 2013, sempre às terças-feiras, das 16h às 19h, no estúdio interdisciplinar do NEC - Núcleo de Educação em Ciência, Matemática e Tecnologia da Faculdade de Educação.

14. Cronograma

1º. Encontro - 7 de maio - O preparo da lã e do caderno de artífice
2º. Encontro - 14 de maio – O cardar e a matéria-bruta da escrita
3º. Encontro - 21 de maio – O fiar com o corpo e o escrever em movimento
4º. Encontro - 28 de maio – O fiar com a pedra e o escrever junto às forças
5º. Encontro – 4 de junho – O fiar com o fuso e o escrever  intensivo
6º. Encontro – 11 de junho – O fiar com a roda e o escrever na fronteira
7º. Encontro – 18 de junho – A composição das cores no fio e a composição na escrita
8º. Encontro – 25 de junho – A produção de fio e a produção da escrita
9º. Encontro – 2 de julho – O fiar e o escrever agenciamento e contaminação
10º. Encontro – 9 de julho – Exposição dos trabalhos e partilha de encerramento

15. Mais informações

Ana Lygia [Nina] Veiga
ninaveiga@ninaveiga.com.br
Fone: (32) 9113.1748



[1] “[...] O dispositivo é a rede que se pode estabelecer entre esses elementos” (FOUCAULT, 2007, p. 244).
[2] “[...] o dispositivo exige ligações sempre locais, encarnadas/encharcadas de materialidade” (KASTRUP; BARROS, 2009, p. 81).
[3] Vivencial no sentido de uma oficina que se estabelece com finalidades terapêuticas, sociais e/ou educativas, onde o fiar é proposto para além do aprendizado de técnicas e da produção de peças artesanais.



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